O tradicional almoço da Semana Santa com pratos típicos da culinária baiana pode pesar menos no bolso — desde que o consumidor esteja disposto a comparar os preços antes de ir às compras. A diferença entre os valores praticados em feiras e mercados de Salvador pode ultrapassar 50%, de acordo com levantamento do Aratu On com base em dados oficiais.
Os dados foram coletados nos Núcleos de Abastecimento (Nacs) de Itapuã e Periperi, além dos mercados de Itapuã e do Mercado Popular de Água de Meninos, conforme apuração da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). O objetivo é ajudar o consumidor a montar a ceia da Sexta-feira Santa, no dia 18, sem comprometer o orçamento.
Preço dos mariscos e peixes varia até 100% entre mercados de Salvador
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Camarão seco: pode custar entre R$ 40 (Periperi) e R$ 58 (Itapuã). No Mercado Popular, sai por R$ 46 o quilo.
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Camarão fresco: varia de R$ 30 a R$ 65, dependendo do tamanho.
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Peixe vermelho: encontrado entre R$ 30 (Periperi) e R$ 62 (Itapuã).
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Pescada-amarela: apresenta preços entre R$ 30 e R$ 65 o quilo.
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Corvina: pode ser adquirida por valores de R$ 22 a R$ 30.
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Arraia: encontrada por R$ 20 a R$ 25, dependendo do ponto de venda.
Temperos e ingredientes típicos também apresentam grandes variações
Além dos pescados, os temperos tradicionais e acompanhamentos da comida baiana também têm variações de preço significativas:
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Azeite de dendê (1 litro): custa entre R$ 13 e R$ 15.
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Leite de coco: a versão de 500ml sai por R$ 5, enquanto o litro pode custar até R$ 14.
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Feijão-fradinho: varia entre R$ 5 e R$ 12 o quilo, sendo mais barato em Itapuã.
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Quiabo: um dos principais ingredientes do caruru, tem uma ampla faixa de preços. No Mercado de Itapuã, uma dúzia custa R$ 3 e duas, R$ 5. Já no Mercado Popular, o quilo pode chegar a R$ 15, e em Periperi, a R$ 35.
Economista dá dicas práticas para economizar nas compras de Páscoa
O economista Guilherme Dietze, especialista em análises econômicas regionais, destaca a importância de uma pesquisa criteriosa antes de comprar, especialmente considerando a variação de preços entre diferentes regiões da cidade.
“É importante observar os mercados próximos à sua casa. Às vezes, o gasto com combustível indo de um lado a outro da cidade anula qualquer economia. Dê preferência a locais que oferecem promoções ou descontos em formas de pagamento, como PIX”, aconselha.
Além disso, Dietze recomenda que os consumidores tentem negociar com os feirantes. “O setor de alimentos é muito competitivo, então pechinchar pode render bons descontos”, afirma.
Outro ponto abordado pelo economista é a influência do cenário econômico atual. Segundo ele, mesmo em períodos de maior demanda, os preços podem se manter estáveis ou até mais baixos se a produção for elevada.
“Vivemos um momento favorável, com o consumidor tendo mais poder de compra. Isso ajuda a equilibrar o mercado e pode beneficiar quem busca preços mais em conta”, completa.
Resumo: como economizar no almoço da Semana Santa em Salvador
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Compare preços entre mercados e feiras.
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Prefira estabelecimentos próximos para evitar gastos extras com transporte.
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Busque promoções e formas de pagamento com desconto.
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Negocie com os feirantes sempre que possível.
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Aproveite a variedade de preços para escolher o que cabe no seu bolso.
Com atenção e planejamento, é possível preparar uma refeição saborosa e fiel às tradições da Semana Santa sem extrapolar o orçamento.