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Economia

Governo amplia acesso ao Minha Casa Minha Vida: nova Faixa 4 terá teto de R$ 12 mil e juros reduzidos

SVT Brasil

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Foto: Repredução da internet

O governo federal confirmou a criação de uma nova categoria no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A partir de maio, famílias com renda mensal de até R$ 12 mil poderão financiar imóveis com juros mais baixos, em comparação aos praticados no mercado. A medida amplia o teto anterior, que era de R$ 8 mil, e dá origem à chamada Faixa 4 do programa.

Juros menores e prestações mais acessíveis

Essa nova modalidade promete taxas anuais a partir de 10,5%, enquanto no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), as menores taxas atuais giram em torno de 11,49% ao ano. Além disso, será possível financiar imóveis em até 420 meses (35 anos), com teto de valor de R$ 500 mil.

O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que o governo irá disponibilizar inicialmente 100 mil novas unidades habitacionais nesta nova faixa de renda. A medida visa, principalmente, a classe média urbana, ampliando o acesso à casa própria com condições mais vantajosas.

“Nosso objetivo é tornar o investimento público mais eficiente e ampliar o acesso à moradia com o apoio de diversos setores, como a iniciativa privada e os movimentos sociais”, afirmou o ministro durante o Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC), realizado em São Paulo.

R$ 30 bilhões em recursos previstos para 2025

Para viabilizar a nova etapa do MCMV, o governo prevê a liberação de R$ 15 bilhões do FGTS — com origem no pré-sal — e outros R$ 15 bilhões captados pelas instituições financeiras via poupança.

Estima-se que, com essas condições, até 120 mil famílias possam ser beneficiadas em um primeiro momento, o que representa um avanço significativo na oferta de financiamento habitacional acessível para um público de renda intermediária.

Comparativo: economia de até R$ 27 mil no financiamento

De acordo com a especialista em crédito imobiliário Danièle Akamine, a Faixa 4 oferece vantagens reais quando comparada ao sistema tradicional de financiamento. Em um exemplo com imóvel de R$ 500 mil e empréstimo de R$ 200 mil:

  • No SBPE, o valor total pago seria de R$ 603 mil;

  • No novo MCMV, o valor total cai para R$ 576 mil;

  • Isso representa uma economia de R$ 27 mil ao longo do contrato.

Além disso, as prestações mensais também serão mais leves:

  • A primeira parcela passa de R$ 2.544 para R$ 2.394;

  • A última parcela reduz de R$ 585 para R$ 555.

Inclusão habitacional: mais famílias aptas a financiar

Segundo Akamine, cada redução de um ponto percentual na taxa de juros pode ampliar o acesso ao crédito imobiliário para até 250 mil novas famílias. Em um país marcado pela informalidade no mercado de trabalho e concentração de renda, a medida representa um avanço importante para a inclusão econômica e social.

Medida tem impacto político e econômico

A ampliação do MCMV chega em um momento estratégico: a um ano das eleições presidenciais de 2026. A ação reforça o foco do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em políticas voltadas à classe média. Recentemente, o governo também anunciou a intenção de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, a partir de 2026 — o que pode beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros.

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