Pequim, China — Durante uma coletiva realizada na madrugada desta terça-feira (8), o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, declarou que Pequim está pronta para revidar com força total caso os Estados Unidos mantenham a postura de elevar as tarifas sobre produtos chineses. A declaração é uma resposta direta à mais recente ameaça do ex-presidente americano Donald Trump, que impôs um ultimato ao governo chinês.
“Se Washington seguir com essa escalada tarifária, responderemos até o fim”, disse Wang Yi, reforçando que o país não recuará diante do que considera ações comerciais hostis.
🚨 Ultimato de Trump pressiona governo chinês
Em uma publicação feita em sua rede social, Trump impôs um prazo até as 13h (horário de Brasília) desta terça-feira para que a China retire a tarifa de 34% sobre produtos americanos. Caso contrário, os Estados Unidos aplicarão uma nova taxa de 50% sobre importações chinesas a partir do dia 9 de abril.
“Se a China não recuar, encerraremos todas as negociações bilaterais imediatamente”, escreveu Trump.
O republicano também sinalizou que, enquanto o diálogo com Pequim for suspenso, as conversas com outros países interessados em discutir tarifas começarão de forma imediata.
🔄 China promete contramedidas e denuncia intimidação comercial
Poucas horas antes da declaração de Wang Yi, o Ministério do Comércio da China já havia reagido, classificando a nova proposta americana como uma ação unilateral e sem fundamento legal, caracterizando-a como “intimidação econômica”.
Em nota oficial, o governo chinês reiterou que adotará contramedidas firmes para proteger seus interesses nacionais:
“Nossas ações visam preservar a soberania, a segurança e o desenvolvimento do país, e manter a ordem justa no comércio internacional. As medidas são legítimas e necessárias”, afirmou o comunicado.
🌐 Contexto: Guerra comercial ganha novo capítulo
O novo impasse entre as duas maiores economias do mundo intensifica a já prolongada guerra comercial entre China e EUA, que teve início ainda durante o mandato anterior de Trump. Apesar dos esforços de mediação ao longo dos últimos anos, a disputa por tarifas e práticas comerciais consideradas abusivas voltou ao centro do cenário global.
Wang Yi, no entanto, fez questão de lembrar os riscos envolvidos em um confronto comercial prolongado:
“Ninguém sai vencedor de uma guerra comercial. O protecionismo não é uma solução viável”, alertou o ministro.
🔍 Conclusão
Com a ameaça de novas sanções econômicas de ambos os lados, o cenário entre EUA e China continua tenso. O mundo acompanha com atenção os próximos desdobramentos, temendo os impactos econômicos globais de uma nova escalada tarifária.