Em Feira de Santana (BA), os constantes furtos de fios da rede de iluminação pública estão gerando um rombo significativo nos cofres públicos. Somente neste ano, os danos já somam mais de R$ 465 mil, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp).
O valor seria suficiente para a instalação de cerca de 500 novos pontos de luz, que poderiam beneficiar diretamente mais de 12 mil moradores da cidade com mais segurança e mobilidade noturna.
Ação criminosa alimenta comércio ilegal de cobre
O principal objetivo dos criminosos ao realizar esse tipo de furto é a extração e o derretimento do cobre presente nos fios, que é posteriormente vendido no mercado clandestino. A prática, além de criminosa, compromete a infraestrutura urbana e coloca em risco a segurança da população.
Em um dos casos recentes, registrado em março, um homem foi flagrado e detido pela Guarda Municipal enquanto furtava cabos no canteiro central da avenida Getúlio Vargas, uma das vias mais movimentadas da cidade.
Locais mais afetados pelo roubo de cabos elétricos
Além da avenida Getúlio Vargas, outros pontos críticos foram identificados pela Sesp como alvos frequentes de vandalismo e furtos. Entre eles:
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Viaduto Wilson da Costa Falcão, que conecta as avenidas Maria Quitéria e Francisco Fraga Maia
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Viaduto Francisco José Pinto, entre as avenidas Noide Cerqueira e Getúlio Vargas
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Anel de Contorno, especialmente entre as avenidas Maria Quitéria e José Falcão da Silva
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Complexo Viário Miraldo Gomes, localizado no bairro Cidade Nova
Impactos e desafios para a gestão pública
O combate a essa prática criminosa tem se mostrado um grande desafio para a administração municipal. Os furtos não apenas geram prejuízos financeiros, mas também afetam diretamente a qualidade de vida da população, que fica desassistida em termos de iluminação e segurança pública.
A Prefeitura de Feira de Santana reforça a importância da denúncia anônima e do apoio da população na identificação de práticas suspeitas. Ações integradas entre Guarda Municipal, Polícia Civil e órgãos de fiscalização têm sido realizadas, mas a recorrência dos crimes exige medidas mais rigorosas e investimento em tecnologia de monitoramento.