Heathrow fechado: Impacto Global na aviação e milhões em prejuízos

O fechamento do Aeroporto de Heathrow, um dos mais movimentados do mundo, está causando um efeito cascata no setor de aviação global. Especialistas alertam que a paralisação poderá durar dias e resultar em perdas de dezenas de milhões de dólares, gerando questionamentos sobre a falta de um plano de contingência mais robusto.

Causas e Consequências do Fechamento

A crise teve início na quinta-feira (20), às 23h (horário local), quando um incêndio em uma subestação elétrica próxima interrompeu o fornecimento de energia para o aeroporto, incluindo seu sistema de backup. Heathrow opera aproximadamente 1.300 voos diários, segundo a Eurocontrol, e a paralisação forçou o desvio de aeronaves para outros aeroportos na Grã-Bretanha e na Europa. Algumas viagens de longa distância tiveram que retornar ao ponto de partida.

O impacto financeiro pode chegar a cerca de 20 milhões de libras (US$ 26 milhões) por dia, de acordo com Paul Charles, consultor de viagens. Segundo ele, não há garantia de que Heathrow reabra no sábado, considerando a vulnerabilidade do fornecimento elétrico.

Falhas no Sistema de Energia e Alternativas

O ministro da Energia, Ed Miliband, revelou que o incêndio também comprometeu o sistema de reserva elétrica. Engenheiros estão tentando ativar uma terceira fonte de energia, enquanto o governo analisa medidas para reforçar a infraestrutura do aeroporto e evitar situações semelhantes no futuro.

John Strickland, especialista em transporte aéreo, alerta que mesmo com a reabertura do aeroporto, os efeitos colaterais persistirão por dias. “As aeronaves e tripulações deslocadas precisam cumprir os descansos obrigatórios antes de retomar operações. Isso resultará em cancelamentos sucessivos”, explica.

Impacto na Logística Aérea Global

As companhias aéreas estão enfrentando desafios para reorganizar suas operações. A interrupção no fluxo de aeronaves e tripulações gera uma reação em cadeia, afetando voos em diversos continentes.

Além disso, questiona-se como Heathrow não possuía um sistema de backup mais eficiente que pudesse ser acionado rapidamente para restabelecer a energia e minimizar os transtornos.

A situação em Heathrow evidencia a necessidade de infraestrutura resiliente para evitar interrupções de grande escala no transporte aéreo. O incidente levanta debates sobre investimentos em sistemas de energia mais seguros e estratégias para lidar com emergências desse porte. Nos próximos dias, os desdobramentos da crise seguirão impactando passageiros e empresas em todo o mundo.